ENXAQUECAS

A ENXAQUECA

A enxaqueca é uma patologia muito frequente no mundo inteiro, incluindo em Portugal. Segundo o Retrato da Saúde de 2018, no nosso país, a enxaqueca representa a segunda causa de morbilidade em mulheres e a quinta em homens. É mais frequente em mulheres (habitualmente na adolescência, atingindo o pico na 3ª década, diminuindo depois com o avançar da idade). O início da enxaqueca após os 50 anos é pouco frequente.

SINAIS E SINTOMAS

A enxaqueca é uma doença neurológica que se manifesta com episódios de cefaleias intensas e incapacitantes.


Manifestações Clínicas

Existem dois subtipos principais: enxaqueca sem aura (mais frequente) e enxaqueca com aura.


Enxaqueca sem Aura

  • Episódios de cefaleia com duração entre 4 a 72 horas
  • Habitualmente cefaleia unilateral
  • Dor moderada a grave
  • Pode haver sensação pulsátil
  • Pode haver agravamento com atividade física de rotina
  • Pode estar associada a náuseas/vómitos
  • Pode estar associada a fotofobia (fobia da luz)
  • Pode estar associada a fonofobia (fobia ao ruído)


Enxaqueca com Aura

Neste subtipo, adicionalmente aos episódios de cefaleia com as características atrás referidas, os doentes apresentam sinais/sintomas neurológicos transitórios designados como aura.


  • Tipicamente, estas manifestações neurológicas antecedem ou acompanham o episódio de cefaleia e têm uma duração inferior a 60 minutos
  • A aura mais frequente são os fenómenos visuais, os quais se podem manifestar de diversas formas mas, mais tipicamente, são flashes luminosos, manchas escuras em forma de mosaico ou imagens brilhantes em ziguezague. Noutros casos, a aura pode ser sensitiva – alterações da sensibilidade na face ou num dos lados do corpo, tais como formigueiros ou dormência; ou pode ter envolvimento da linguagem ou da força muscular.


Ao contrário da enxaqueca episódica, a enxaqueca crónica é caracterizada por mais de 15 dias por mês com cefaleia, sendo que pelo menos 8 desse episódiso devem ter as características atrás referidas.

A enxaqueca crónica pode estar associada a cefaleia secundária, associado por exemplo ao uso abusivo de medicação analgésica.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de enxaqueca é clínico pelo que depende de uma história clínica e exame neurológico detalhados. É frequente a existência de história familiar.


TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO

Na abordagem terapêutica é importante a adoção de medidas não farmacológicas, tais como o exercício físico regular, o controlo do peso e a regularização do sono.


A identificação de potenciais fatores precipitantes é fundamental de modo a poder evitá-los quando possível. Estes fatores são variáveis de doente para doente, podendo existir mais do que um em cada caso e podendo variar ao longo do tempo.


Potenciais fatores precipitantes de enxaquecas:

  • Excesso de stress
  • Privação ou excesso de horas a dormir
  • Jejum
  • Álcool
  • Alterações climáticas
  • Alterações hormonais
  • Certos alimentos: adoçantes, queijos envelhecidos, nitratos, glutamato monossódico, cafeína, entre outros


TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Existe tratamento farmacológico dirigido aos episódios agudos de enxaqueca e tratamento profilático que tem o objetivo prevenir e reduzir a intensidade e frequência dos episódios. Existem fármacos específicos para a enxaqueca sendo que o tipo de medicação mais adequada deve ser adaptada a cada doente.

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